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Curta-metragem sobre deficiência mental apoiada por municípios do Vale do Sousa
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Curta-metragem sobre deficiência mental apoiada por municípios do Vale do Sousa

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Uma curta-metragem sobre a vida de um portador de doença mental foi apoiada por quatro municípios do Vale do Sousa e vai ter a sua antestreia, em fevereiro, disse à Lusa o realizador António Sequeira.

São 19 minutos de um filme registado em Lousada e Felgueiras, intitulado “No limiar do pensamento”, que conta a história de uma família com uma pessoa portadora de doença mental, explicou.

 

António Sequeira
O realizador António Sequeira

 

O trabalho pretende, acrescentou, evidenciar as dificuldades dos cuidadores, o problema do estigma e a importância do papel da enfermagem.

O projeto envolve os municípios de Lousada, Felgueiras, Paços de Ferreira e Penafiel, que prestaram apoio logístico à produção da curta-metragem.

 

 

 

São também parceiros do projeto a Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental e a Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros.

Em junho, em Lousada, quando decorriam as Jornadas de Saúde em Contexto Escolar, o realizador, de apenas 23 anos de idade, falou da ideia que tinha de fazer um filme sobre aquela temática, que sempre o interessou. O projeto, contou à Lusa, foi prontamente apoiado pelos municípios e posto em prática, com as filmagens feitas em apenas 10 dias.

“Achámos que devia ser interessante apoiar a divulgação e a sensibilização daquele problema na comunidade, sobretudo na comunidade escolar”, disse à Lusa Cristina Moreira, vereadora em Lousada.

 

COMUNIDADE LOCAL PARTICIPOU NAS FILMAGENS

Naquele concelho foram filmadas várias passagens do filme, nomeadamente cenas de rua e no hospital da Misericórdia, o que suscitou o interesse e o envolvimento da comunidade local.

O elenco de atores é formado por Paula Lobo Antunes, Afonso Lopes e Maria Eduarda Laranjeira, contando com vários figurantes, incluindo alguns da região do Vale do Sousa.

O realizador assinala que se trata de um projeto de baixo orçamento, mas o apoio dos municípios, nomeadamente no alojamento dos atores e das equipas técnicas, foi fundamental para a sua concretização.

Em Felgueiras, a captação das imagens aconteceu numa quinta que foi transformada num cenário de café, onde os figurantes foram os alunos da universidade sénior.

“Foi um dia muito engraçado com os alunos seniores, sem nunca terem representado, estarem envolvidos nisto”, anotou.

 

ANTESTREIA EM FEVEREIRO

 

Rosa Maria Pinto, vereadora em Felgueiras, assinalou o envolvimento da autarquia:

“O município de Felgueiras não quis que a sua população passasse ao lado desta ação de sensibilização. Por isso, desde o início, reunimos todos os esforços junto de alguns parceiros para colaborarem nas filmagens.

A poucas semanas da antestreia, o realizador natural dos Açores afirmou à Lusa que a curta-metragem pretende “ser subtil a passar a mensagem” sobre o quotidiano daquela família e o que simboliza para a sociedade”.

O filme, previu, vai chegar aos festivais de cinema para ser exibido internacionalmente.

“O objetivo é fazê-lo chegar depois às escolas, congressos, universidades e à televisão”, como forma de promover a reflexão alargada sobre o tema, indicou António Sequeira, apontando 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental, para a revelação pública do filme.

 

 

Armindo Mendes

C/Sandra Teixeira